Copenhague, 1 set (Xinhua) – O ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Jeppe Kofod, convocou na terça-feira o embaixador da Rússia na Dinamarca, Vladimir Barbin, para uma reunião com o diretor de política externa do Ministério das Relações Exteriores, segundo seus tweets.
A reunião ocorreu quando as tensões aumentaram após a alegada incursão no espaço aéreo dinamarquês por um caça russo Su-27, perto da ilha de Bornholm, no Báltico, enquanto perseguia um bombardeiro B52 da Força Aérea dos EUA na sexta-feira passada, escreveu em seu site na segunda-feira o Comando Aéreo Aliado da OTAN.
De acordo com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o incidente de sexta-feira foi a primeira violação deste tipo em vários anos.
“Violação completamente inaceitável do espaço aéreo da Dinamarca pelo caça russo Su-27. (Eu) tratarei do problema com as autoridades russas para evitar a repetição”, tuitou Kofod, acrescentando “a Dinamarca sempre defenderá nosso espaço aéreo, insistirá na lei internacional”.
A ação russa levou ao lançamento imediato de aeronaves dinamarquesas de alerta de reação rápida para conter a violação, perto da ilha dinamarquesa de Bornholm, resultando no isolado caça russo voltando antes da interceptação, informou a mídia local.
Na terça-feira, o ministro da Defesa, Trine Bramsen, chamou isso de “violação inaceitável do espaço aéreo dinamarquês”.
O Ministério da Defesa da Rússia negou que o caça russo tenha violado a fronteira com a Dinamarca, dizendo que a ação do caça foi impedir a violação do território russo.
“No dia 28 de agosto de 2020, um caça Su-27 do serviço de defesa aérea da Frota do Báltico foi convocado para identificar e evitar que um bombardeiro estratégico B-52H da Força Aérea dos EUA violasse a fronteira do estado russo”, disse o ministério em um comunicado citado pela agência de notícias russa TASS na terça-feira.
“O voo do caça russo Su-27, acompanhado por um bombardeiro americano, foi realizado sobre as águas neutras do Mar Báltico em estrita conformidade com as regras internacionais…, sem violar as fronteiras de outros países”, acrescentou o comunicado.


